Autor(es): ALESSANDRA HORTO
O Dia - 27/05/2009
Ministro do Planejamento revela que ainda falta um sinal verde do presidente Lula para confirmar os aumentos do meio do ano previstos para a maioria dos servidores federais. Ele diz também que vai recadastrar todo funcionalismo
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, surpreendeu a 800 mil servidores federais que têm direito a aumento em julho, ao declarar ontem, no Rio, que os reajustes do Executivo ainda não foram definidos.Paulo Bernardo disse que se reúne até sexta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o tema. O resultado da negociação sairá na próxima semana.Para diminuir a angústia dos servidores, Paulo Bernardo disse que, em princípio, “a ideia é não mudar nada do que está previsto em lei e que já foi acordado com as classes”.Cerca de 270 mil servidores do PGPE (Plano Geral de Cargos do Poder Executivo) contam com o reajuste de julho.Não foi concedido aumento único para todas as classes, mas os principais reajustes somam 60%. O PGPE também vai receber aumentos em julho de 2010 e julho de 2011. Também serão contemplados servidores do Ministério da Cultura, Incra, técnicos administrativos em Educação e da Polícia Federal e professores das Instituições Federais de Ensino.O ministro Paulo Bernardo disse que o governo tem feito permanentes auditorias na folha de pessoal: “Somente este ano conseguimos economizar R$ 1,5 milhão em pequenas intervenções cirúrgicas, como por exemplo, cortando pagamento de benefícios indevidos aos servidores”.As auditorias forçaram a União a recadastrar o quadro de servidores ativos (535 mil), inativos (370 mil) e pensionistas (330 mil). Segundo Paulo Bernardo, “o governo percebeu que há pessoas recebendo salário e gratificações sem estar presentes na máquina pública. Muitas já faleceram, mas ainda constam no cadastro”.O censo começa em julho. O Ministério do Planejamento espera concluir a primeira etapa em 60 dias. Os ativos vão se recadastrar nos Recursos Humanos dos órgãos e os inativos atualizarão dados cadastrais nos principais bancos responsáveis pelos pagamentos, como o Banco do Brasil. “Os inativos serão avisados por correspondência”, explicou.