sábado, 4 de julho de 2009

Mesmo com queda na arrecadação, governo vai dar reajuste a funcionalismo

Do G1, com informações do Jornal Nacional - 03/07/2009

O governo federal decidiu manter um aumento que pretende dar ao funcionalismo público, mesmo com a queda na arrecadação. Os reajustes já estavam previstos, mas eram condicionados ao desempenho das contas públicas.
O acordo, firmado com os servidores públicos federais em 2008, permitia adiar o reajuste dos salários se a arrecadação ficasse abaixo do esperado. E foi o que aconteceu: entre janeiro e junho, a arrecadação foi de R$ 63 bilhões a menos do que se previa. Mesmo com menos dinheiro em caixa, o presidente Lula decidiu dar o aumento agora.
O governo já aumentou a folha salarial em R$ 100 bilhões desde 2003. Só o reajuste confirmado hoje vai custar R$ 6 bilhões até dezembro. Em 2009, a previsão é que a despesa com pessoal cresça cerca de R$ 30 bilhões e chegue a R$ 170 bilhões. Já os investimentos públicos foram de R$ 9,3 bilhões de janeiro a maio. Os dados são do Ministério do Planejamento.
Para o economista Raul Velloso, o governo erra ao priorizar o reajuste de salários aos investimentos em estradas, escolas, hospitais etc. “Num momento de crise, é preciso reativar a economia, reativar com investimentos. Aí é uma reativação natural e promissora, depois fica o produto do investimento”, afirma.
Além de reajustar o salário dos servidores, o governo também confirmou que vai aumentar o valor do Bolsa Família. Para os partidos de oposição, o governo toma as decisões de olho nas eleições do ano que vem. “Você passou a ter muitos servidores e o serviço não melhorou, a saúde não melhorou, a educação não melhorou, a segurança pública não melhorou”, diz o presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ).
O Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou que os reajustes tenham objetivos eleitorais. “Esses projetos foram votados por unanimidade. E eu mesmo recebi por diversas ocasiões ligações de deputados da oposição ou até de senadores pleiteando que nos resolvêssemos as questões relativas ao reajuste”, afirma.
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