Pressão para retomar GT

Está em gestão um novo plano de carreira no Banco Central (foto). O assunto voltou a ser tratado em recente reunião com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, e integrantes Sinal (sindicato que representa os funcionários do BC). Na ocasião, Duvanier foi lembrado do compromisso de retomar a discussão de todas as reivindicações não atendidas no fechamento do último acordo salarial, tendo como parâmetro as conclusões do grupo de trabalho criado para tratar do assunto. A despeito do GT ainda não ter apresentado o relatório final, cuja conclusão depende somente da atuação da representante do Planejamento, o Sinal apresentou três demandas consensuais: nível superior para os técnicos, fixação da relação salarial analista/técnico em 60% e pagamento de remuneração no topo do Executivo aosservidores do BC. Para representantes do governo, a questão está sendo analisada com muito cuidado, uma vez que pode ser considerada mais um trem da alegria no serviço público, já que se trata da criação de uma nova carreira que só poderia ser preenchida por meio de concurso público e não por ascensão funcional.

Momento não é adequado

Para o Sinal, trata-se de uma oportunidade para corrigir distorções do último acordo e valorizar osservidores do Banco Central. Porém, Duvanier Paiva disse que gostaria de discutir o momento atual, pois as negociações do ano passado se deram em outro contexto. Ele lembrou que a segunda parcela dos reajustes contratados no ano passado é a que apresenta maior impacto. O acordo foi honrado, mas representou grande esforço do governo, destacou o secretário, afirmando que a arrecadação caiu. Diante dessa exposição, representantes do Sinal argumentaram que o impacto da nova tabela proposta é pequeno e que o nível superior não implica em novos gastos. Ao ler a proposta salarial, Duvanier adiantou que não há possibilidade de discutir a revisão imediata, pois implicaria em revisões para outras carreiras e não há orçamento para 2010.