quarta-feira, 3 de março de 2010

A última lasquinha


Por Luciano Pires
Blog do Servidor/CB - 03/03/2010


O fim do governo Lula já está no retrovisor dos sindicatos. A turma que fala em nome do funcionalismo sabe que a hora de pedir, gritar e espernear é agora. Por isso mesmo decidiu se juntar para, conforme avaliações internas, tentar "dar o último e decisivo bote" antes do petista dizer adeus ao Palácio do Planalto.


Reunidas em Brasília no fim de semana passado, algumas das entidades mais representativas elaboraram um plano de ação pra lá de ambicioso. Se 20% de tudo o que está em pauta forem concedidos, a Esplanada dos Ministérios não verá greve nem se George W. Bush for eleito presidente do Brasil.

A agenda mescla velhos e novos pedidos. Traz à tona pendências que ficaram pelo caminho, cobra soluções para uma série de casos mal resolvidos e abre espaço ainda para sonhos de consumo típicos do servidor público padrão. Estão nela, por exemplo, pedidos de planos de carreira, de data-base, de paridade entre ativos, aposentados e pensionistas, além de críticas e sugestões de melhorias a propostas que estão no Congresso Nacional.

O funcionalismo sabe que o próximo governo - seja ele de continuidade ou não - vai impor obstáculos significativos ao cumprimento da maioria dessas questões. Essa é uma análise que já está cristalizada na cabeça dos dirigentes. Daí a pressa em discutir com Lula o quanto antes os pontos que ficaram em aberto e os itens que nem chegaram a ser tratados durante as duas jornadas do ex-metalúrgico à frente do Executivo.

E tempo é tudo o que 2009 não reserva aos servidores.

As chances de um desfecho favorável aos trabalhadores são mínimas. Até porque os políticos estão com a cabeça na política. O ano é de eleições presidenciais e legislativas. Os ouvidos dos governantes costumam escutar só o que querem em períodos assim.

Ah, mas os sindicatos têm como arma as paralisações.

Sim, é verdade. Até marcaram um dia de indicativo de greve: 5 de abril. Antes disso, no dia 10 de março, marcaram até parada por 24 horas.


Apertem os cintos. Vai começar o vale tudo.

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