Correio Braziliense
- 28/03/2012
Após a primeira rodada de negociações, os servidores do
governo federal aceitaram prorrogar em um mês o prazo limite para que o governo
apresente uma proposta às reivindicações da campanha salarial de 2012.
Os sindicalistas querem reajuste linear de 22,08% para todas as categorias do Executivo e chegaram a prometer uma greve geral para o início de abril. Depois de sentarem à mesa com o novo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, entretanto, o prazo para a greve foi estendido para o início de maio, apesar de o governo querer esticá-lo até agosto. A justificativa foi a de ser necessário compensar a demora na escolha de um sucessor para Duvanier Paiva, antigo interlocutor do governo que morreu em janeiro último, substituído apenas no início de março.
Os sindicalistas querem reajuste linear de 22,08% para todas as categorias do Executivo e chegaram a prometer uma greve geral para o início de abril. Depois de sentarem à mesa com o novo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, entretanto, o prazo para a greve foi estendido para o início de maio, apesar de o governo querer esticá-lo até agosto. A justificativa foi a de ser necessário compensar a demora na escolha de um sucessor para Duvanier Paiva, antigo interlocutor do governo que morreu em janeiro último, substituído apenas no início de março.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef) promoverá uma marcha na Esplanada dos Ministérios na manhã de hoje,
como forma de pressionar o governo pelo reajuste. Os sindicalistas se
concentrarão às 9h, em frente à Catedral, e sairão às 10h. Após a passeata,
eles farão vigília em frente ao Ministério do Planejamento até o término da
reunião entre representantes de 31 entidades sindicais e do Planejamento.
"Queremos uma resposta do governo capaz de mostrar que a negociação é para
valer. Caso contrário, a paralisação será inevitável", declarou Sérgio
Ronaldo, secretário de Comunicação da Condsef.
Impasse
Ronaldo ressaltou que o funcionalismo está há dois anos sem
qualquer reajuste, e que o índice de 22,08% cobrado pela categoria leva em
conta o acúmulo das perdas inflacionárias mais o crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) neste período. A presidente Dilma Rousseff já deixou claro,
contudo, que não tem caixa suficiente para bancar o aumento e que a realização
de novos concursos ocorrerá à conta-gotas. Além da correção nos salários, os
servidores querem a definição de uma data-base e de uma política salarial
permanente, com reposição inflacionária.
Por enquanto, a sinalização do governo é de que só haverá
reajuste este ano caso seja aprovado o Projeto de Lei Nº 2203/2011, que trata
da reestruturação de carreiras no Executivo. A Lei Orçamentária Anual de 2012
prevê uma reserva de R$ 1,6 bilhão para esse PL. Caso não consigam a liberação
de novos aumentos salariais, a expectativa é de que os servidores buscarão
compensações nos orçamentos de 2013 e 2014.
PleitosConheça as principais reivindicações da campanha
salarial dos servidores do Executivo
» Definição de data-base
» Política salarial permanente com reposição inflacionária,
valorização do rendimento base e incorporação das gratificações
» Cumprimento, por parte do governo, dos acordos e
protocolos de intenções já firmados
» Suspensão de qualquer reforma que retire direitos dos
trabalhadores
» Retirada do Congresso de projetos de lei e de medidas
provisórias contrários aos interesses do funcionalismo
» Paridade e integralidade entre servidores ativos,
aposentados e pensionistas
» Reajuste linear dos benefícios em 22,08%
Fonte: Condsef