Djalma Oliveira
Jornal Extra
- 12/03/2012
Com a implantação da Fundação de Previdência Complementar do
Servidor Público Federal (Funpresp), os servidores da União que quiserem ganhar
acima do teto da Previdência Social, hoje de R$ 3.916,20, terão que contribuir
para um fundo a fim de complementar o valor.
No entanto, essa novidade, que deve entrar em vigor no próximo ano, para quem ingressar no serviço público federal a partir da mudança, não vai afetar a vida dos funcionários com salários até o valor máximo pago pelo INSS.
No entanto, essa novidade, que deve entrar em vigor no próximo ano, para quem ingressar no serviço público federal a partir da mudança, não vai afetar a vida dos funcionários com salários até o valor máximo pago pelo INSS.
Jaime Mariz, secretário de políticas de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social, explica que, para esse grupo,
as regras de contribuição e aposentadoria permanecerão iguais às atuais, mesmo
para quem entrar após a implantação da Funpresp.
Com isso, eles vão continuar
pagando 11% do total de seu salário, enquanto a União contribuirá com 22%. Na
hora da aposentadoria, eles vão receber o benefício integral, mesmo sem ter
contribuído para o fundo complementar.
Mariz estima que cerca de 500 mil funcionários da União
ganham, atualmente, menos de R$ 3.916,20. Vale lembrar que os atuais servidores
não serão obrigados a migrar para o Funpresp, independentemente do valor do
salário que recebem.
Caso o futuro funcionário tenha aumentos salariais ao longo
da carreira, seja por promoção, tempo de serviço ou reajuste dado pelo governo,
e passe a ganhar acima do teto do INSS, ele mudará de sistema, passando a ser
regido pelo Funpresp. Nesse caso, pagará 11% sobre o teto previdenciário e, se
quiser, um adicional para receber por meio do fundo complementar.
Desconto para Funpresp sem contrapartida
O servidor que ganha abaixo do teto do INSS poderá contribuir para o Funpresp para garantir um adicional em sua aposentadoria, mesmo que não seja obrigado. Essa poupança, no entanto, não terá a contrapartida do governo, que será paga apenas para os funcionários que ganham acima do valor máximo de benefício pago pela Previdência Social. Sem a parcela da União, o fundo complementar do governo vai funcionar como um plano de previdência privada.
O servidor que ganha abaixo do teto do INSS poderá contribuir para o Funpresp para garantir um adicional em sua aposentadoria, mesmo que não seja obrigado. Essa poupança, no entanto, não terá a contrapartida do governo, que será paga apenas para os funcionários que ganham acima do valor máximo de benefício pago pela Previdência Social. Sem a parcela da União, o fundo complementar do governo vai funcionar como um plano de previdência privada.
Pelos cálculos do governo federal, o servidor que contribuir
com 11% sobre o teto do INSS e 8,5% para o Funpresp terá acumulado, ao fim de
35 anos de serviço, recursos suficientes para garantir a aposentadoria integral
por 25 anos após deixar a ativa. Caso ele viva mais tempo, receberá por meio de
um fundo que será criado para cobrir os chamados benefícios extraordinários,
mas com uma perda estimada em 10%.