Agência Brasil
- 15/03/2012
Brasília - O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves
Filho, disse hoje (15) que o momento de ajuste político na base do governo no
Congresso Nacional não deverá prejudicar a tramitação do projeto que cria a
Fundação de Previdência Complementar para os Servidores Públicos Federais
(Funpresp).
Ele acrescentou que, "depois de três mandatos como
senador”, nunca viu “a Casa utilizar projetos assim para se confrontar com o
governo". "Outros confrontos já aconteceram, mas nunca tendo como
instrumentos projetos tão importantes para o Brasil como esse", disse
Garibaldi, no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de
Comunicação Social da Presidência em parceria com a EBC Serviços.
Segundo ele, em dez anos, o déficit registrado anualmente
com o pagamento da aposentadoria dos servidores públicos, hoje em torno de R$
60 bilhões, começará a cair e as contas ficarão equacionadas em 30 ou 40 anos.
Para o ministro, trata-se de um projeto de Estado, e, por isso, não pode ser
tratado de forma política. A formação de três fundos, para os Poderes da
República, vai permitir a queda da taxa de juros no país, porque os recursos
vão movimentar títulos do governo federal, destacou o secretário de Previdência
Complementar do ministério, Jaime Mariz.
O ministro da Previdência Social disse que está descartada,
da sua parte, "a volta ao Senado para se candidatar à presidência" da
Casa. Segundo ele, essa possibilidade está fora de cogitação, em primeiro
lugar, “porque no Senado ninguém se candidata por iniciativa própria para o posto".
De acordo com o ministro, o segundo motivo é que ele pretende “trabalhar pela a
eleição do deputado Henrique [Eduardo] Alves [RN], líder da bancada do PMDB,
para a presidência da Câmara dos Deputados".