Djalma Oliveira
Jornal Extra
- 27/04/2012
Enviado ao Congresso Nacional pelo governo em agosto do ano
passado, o Projeto de Lei 2.203/2011, que reajusta em até 31% os salários de
937 mil servidores federais, previa o pagamento dos novos salários para as
categorias contempladas entre março e julho. A demora na votação, no entanto,
já prejudicou cerca de 157 mil professores de universidades e colégios
federais. Eles deveriam ter tido o aumento no pagamento relativo a março, que
saiu em abril, mas até agora não viram o dinheiro.
Outros setores, como o Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo (PGPE) e a carreira da Previdência, Saúde e Trabalho, as duas maiores
do funcionalismo federal, também correm o mesmo perigo, já que seus aumentos
estão programados para o salário referente a julho, que sai em agosto.
Não haverá, no entanto, grandes perdas para os servidores.
No caso dos professores, os retroativos a março serão pagos quando o projeto
virar lei. O mesmo vai acontecer caso haja algum atraso nos reajustes das
outras categorias.
Ainda nas comissões
O projeto de lei está na Comissão de Trabalho, Administração
e Serviço Público da Câmara dos Deputados e ainda vai passar por outras duas
comissões (de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania)
e pelo Senado antes de ir para a sanção da presidente Dilma Rousseff. Os
aumentos previstos pela matéria serão dados nas gratificações de desempenho.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef) vai debater a demora na aprovação numa audiência com o relator do
projeto, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).