O Estado de S. Paulo
- 23/07/2012
Sindicato publicou um balanço que indica que universidades
reprovaram, por unanimidade, proposta de carreira do governo
Um balanço do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), divulgado nesta segunda-feira, 23,
mostra que as assembleias dos professores de universidades federais rejeitaram,
por unanimidade, a proposta de reajuste salarial feita pelo governo no dia 13
de julho.
O sindicato deve apresentar uma contraproposta na tarde de hoje, durante reunião com o Ministério do Planejamento.
O sindicato deve apresentar uma contraproposta na tarde de hoje, durante reunião com o Ministério do Planejamento.
Desde cedo, usuários do Twitter publicam mensagem com a
hashtag #falaSerioMercadante, com o intuito de pressionar o governo para que
proponha um novo plano aos docentes das instituições federais.
A proposta apresentada pelo Planejamento prevê, entre outros
assuntos, a redução dos níveis de carreira de 17 para 13 - como forma de
incentivar o avanço rápido e a busca por títulos - e reajustes de 16% a 45%.
Durante a semana, assembleias gerais aconteceram pelo País para a discussão da
proposta.
Segundo Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes, o
principal problema é o não atendimento à reivindicação central da categoria: a
reestruturação da carreira docente. "Além de não unificar a carreira, o
acréscimo financeiro como resultado da titulação ficou fora do corpo do
salário, virou gratificação. Não aceitamos isso."
Segundo o Ministério da Educação, a proposta atende a
demandas históricas e não há nenhuma possibilidade de mudança nos valores
apresentados. "É uma proposta final quanto ao volume de recursos
alocados", diz Amaro Lins, secretário de Educação Superior do MEC.
Segundo ele, o governo está aberto para a discussão de
questões pontuais, como a exigência de o docente cumprir no mínimo 12
horas/aula semanais, mas não questões salariais.