sábado, 1 de setembro de 2012

PF quer negociação


Jorge Freitas
Correio Braziliense     -    01/09/2012





Os agentes, os escrivães e os papiloscopistas da Polícia Federal terminaram a semana na expectativa de serem chamados pelo Ministério do Planejamento para retomar as negociações sobre as reivindicações da categoria. Eles falam em aceitar o reajuste de 5% em 2013 — no total, de 15,8%, entre 2013 e 2015, como oferecido pelo Executivo a todos os funcionários públicos —, desde que haja sinalização para a reestruturação das carreiras e da tabela de salários. Não há previsão, no entanto, de novo encontro com o governo.


Principais reivindicações dos policiais federais, os pedidos de revisão dos cargos são polêmicos até dentro da corporação. Os delegados e a direção-geral são contra. Com mudança, os postos, hoje considerados de nível médio, passariam a ser de nível superior. 


Sem a reestruturação, eles pararam as investigações criminais e se limitam a entregar intimações e a dirigir veículos, funções, segundo eles, condizentes com o que se espera de um profissional de formação intermediária.

Em protesto ontem, os policiais federais fizeram mais uma vigília em frente ao Ministério da Justiça. Em carros de som, lideranças convocaram-nos para novas manifestações na próxima semana. A Federação Nacional dos Policiais Federais(Fenapef) promete para a segunda-feira atos em todos os estados e no Distrito Federal. Durante a tradicional execução do hino da PF, os grevistas hastearão bandeiras com o dizer "S.O.S. Polícia Federal". Além disso, mais uma vez pedirão a exoneração do diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello Coimbra. "É momento de ficarmos unidos para atingirmos os nossos objetivos", disse o diretor de Estratégia Sindical da Fenapef, Paulo Paes.

Destemido
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse ontem que o governo não temeu o prolongamento das paralisações ao longo das últimas semanas. "Em nenhum momento, o governo se sentiu acuado", comentou. Além disso, ele voltou a defender a regulamentação da legislação sobre greve. "Temos uma lei que deve ser adaptada. Precisa ser capaz de, por um lado, garantir o direito de greve e, por outro, fundamentalmente, o direito da população. Acredito que esse assunto ganhe força nos próximos meses no Congresso", argumentou.



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