domingo, 2 de setembro de 2012

Policiais sem direito de greve


ALESSANDRA HORTO
O DIA     -     02/09/2012





Governo quer coibir ações das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Civil nos estados


Rio -  Após enfrentar três meses de paralisação de 80 mil funcionários federais no País, o governo está disposto a acelerar o processo de regulamentação da greve na área pública. 


Com isso, os que atuam nas forças policiais estão perto de perder o direito de paralisar suas atividades. A proposta da União é estender aos integrantes das polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil a norma estipulada na Constituição Federal, que proíbe policiais militares e bombeiros dos estados de paralisar atividades, consideradas essenciais à sociedade.

A proposta é evitar abusos supostamente cometidos por servidores durante protestos, como bloqueio de estradas, engarrafamentos e filas nos aeroportos.
ATOS IRREGULARES

No ápice da greve dos policiais federais em julho, por exemplo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que tomaria as medidas disciplinares e judiciais cabíveis contra os policiais que estariam cometendo abusos durante as operações-padrão nos aeroportos do País.

Outro ponto negativo foi a faixa estendida por agentes da Polícia Rodoviária Federal, no posto localizado em Penedo, Sul Fluminense do estado, que anunciava “passagem livre para tráfico de drogas e armas”. 


Cardozo mandou abrir sindicância para investigar e apontar os autores da faixa considera ofensiva.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Rio, Telmo Pereira dos Reis, acredita que a proposta seja mais uma ameaça à classe e que o governo não encontraria apoio, nem mesmo em sua base no Congresso Nacional, para aprovar o texto.

Contudo, o analista Político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar[SIGNATURE] (Diap) Antônio Augusto de Queiroz argumentou que o governo pode aprovar a regulamentação da greve, mesmo que o texto apresente pontos críticos. 


“O Congresso aprovou, com certa facilidade, o fundo de previdência complementar que era muito mais polêmico. Acredito que o texto passe facilmente pelas bases e pela oposição”, avalia.

AUMENTO GARANTIDO

O presidente da Associação de Praças da PM e Corpo de Bombeiros, Vanderlei Ribeiro, criticou a postura do governo e defendeu que a União deveria se preocupar em garantir, por meio de lei, a negociação permanente e o reajuste salarial uma vez ano.



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