Agência Câmara Notícias
- 27/11/2012
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público
aprovou na última quarta-feira (21) a criação de 2.781 cargos na Administração
Pública Federal. O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Jovair
Arantes (PTB-GO), que acrescentou novos cargos ao Projeto de Lei 2205/11, do
Poder Executivo.
A proposta original do governo cria 1.422 cargos efetivos,
assim divididos:
- 330 cargos efetivos de analista de comércio exterior;
- 89 cargos efetivos de analista técnico-administrativo da
Superintendência da Zona Franca de Manaus;
- 93 cargos de técnico administrativo, de nível
intermediário, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
- 260 cargos de agente administrativo, de nível
intermediário, no Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal;
- 400 cargos de técnico Administrativo, de nível
intermediário, na carreira de Especialista em Meio Ambiente;
- 100 novos cargos de especialista em infraestrutura sênior;
- e 150 cargos de analista de infraestrutura.
O projeto cria ainda 159 cargos em comissão, destinados aos
ministérios da Integração Nacional, do Esporte e da Educação; à secretaria de
Direitos Humanos; e à Agência Nacional do Cinema, além de oito funções
gratificadas para o Ministério da Educação ou entidade vinculada a ele.
A criação desses cargos foi inserida no projeto de lei de
conversão oriundo da Medida Provisória 578/12, aprovado na semana passada pela
comissão mista que analisa a matéria. O projeto de lei de conversão seguirá
direto para o Plenário da Câmara, enquanto que o PL 2205/11 ainda precisa ser
votado em duas comissões técnicas (de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania, de forma conclusiva).
Deputados da oposição ameaçam ir à Justiça contra a inserção
do texto do PL no corpo da MP. Segundo esses deputados, o governo está, de
forma inconstitucional, aproveitando a tramitação mais rápida das medidas
provisórias para aprovar projetos de criação de cargos parados na Câmara.
O relator do projeto na Comissão de Trabalho, deputado
Jovair Arantes, defendeu a criação dos cargos. Ele não fez menção, no parecer,
à inserção da mesma medida na MP 578/12.
Cargos no SUS
No substitutivo, Jovair Arantes propõe a criação de mais
1.200 cargos, de nível superior, de analista de controle interno do Sistema
Único de Saúde (SUS). Entre outras atribuições, os ocupantes desses cargos
serão responsáveis por fiscalizar a aplicação dos recursos destinados ao SUS e
auditar a gestão do sistema.
Segundo o relator, a criação desses cargo atende a pedido da
União Nacional dos Auditores do SUS (Unasus). Ele diz ainda que a auditoria do
governo sobre as atividades do SUS não possui, na legislação vigente,
estruturação adequada a suas necessidades. Conforme Arantes, hoje essa função é
exercida por servidores alocados ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS
(Denasus), que não têm as prerrogativas necessárias para a função.
Porém, o substitutivo determina que os servidores atualmente
lotados e em exercício no Denasus serão mantidos e passarão a ser remunerados
da mesma foram que os analistas de controle interno do SUS.
Pela proposta do governo, os novos cargos provocarão, no
total, um acréscimo de despesa de R$ 166,2 milhões por ano ao Executivo.