BSPF - 25/01/2014
Num dia 24 de janeiro, em 1923, nascia o sistema que deu
origem à Previdência Social no Brasil. É também nesta data que se comemora o
Dia do Aposentado. Do ponto de vista salarial nada há a comemorar.
Porém, em
que pese os inúmeros ataques, incluindo, para os servidores, a quebra do
direito constitucional à paridade, somente a disposição para a luta já é motivo
de comemoração. A garra, a disposição e a vontade de lutar é que poderão
garantir dias melhores, por isso devemos cultivar nossa consciência e disposição
para construir a unidade com ativos pela manutenção de direitos. Como diz a
frase de um autor desconhecido, os anos enrugam o rosto; renunciar aos ideais
enruga a alma.
Para os servidores públicos, até meados dos anos 80,
aposentar-se era uma premiação pelos bons serviços prestados à Nação e um
reconhecimento de que, após tantos anos de dedicação ao trabalho, chega a hora
do descanso, de usufruir os frutos da contribuição à Previdência, de aproveitar
para ter uma vida melhor, com lazer, com melhor alimentação e com saúde. Mas
liberais e capitalistas, sempre em crise para continuar lucrando como nunca à
custa do suor e lágrimas do povo trabalhador, elegeram como a bola da vez o
sistema previdenciário público, e deram a ordem: “Privatizem a Previdência,
façam reformas, retirem direitos”.
Parece que há uma disputa para ver quem ataca mais, quem
aplica melhor o programa neoliberal quem mais ferozmente retira direitos dos
trabalhadores e ataca os aposentados. São reformas, e mais reformas no sistema
previdenciário que reduzem direitos e privatizam o sistema. Se de um lado não
há o que comemorar do ponto de vista de conquistas, por outro não se pode e nem
se deve calar diante de tantos ataques.
A cobrança da anulação da Reforma da Previdência de 2003,
aprovada a partir da compra de votos como determinou o Supremo Tribunal Federal
(STF), é mais uma de tantas lutas que encampamos. Outra grande bandeira é a
aprovação da PEC 555 que propõe a anulação de uma taxa de contribuição imposta
aos aposentados e pensionistas de forma injusta. Essa taxação é uma das várias
armadilhas da Reforma da Previdência de 2003.
Portanto, não só hoje, mas durante nossa trajetória de luta
diária, é preciso mostrar ao país que os aposentados continuarão lutando, além
de suas forças, em defesa de seus direitos. Mas essa não é uma luta só dos
aposentados, é uma luta também dos ativos que serão os aposentados de amanhã.
Continuamos construindo essa unidade entre ativos,
aposentados e pensionistas, visando aglutinar forças que poderão derrotar
nossos inimigos comuns. Devemos continuar jovens e renovar a cada dia o sonho
de um Brasil melhor e mais justo. Não percamos nunca nossa juventude. Parabéns
aos aposentados do Brasil!