Jornal de Brasília
- 07/02/2014
Agentes federais de todo o País participam, hoje, de
protestos em frente às unidades da Polícia Federal, e vão pendurar literalmente
as algemas contra o que eles chamam de “boicote imposto pelo atual governo”,
considerado um “castigo pelas operações anticorrupção que abalaram o Poder
Executivo na última década”.
Congelamento salarial
A Federação Nacional dos Policiais Federais afirma, em nota
distribuída à imprensa, que, há várias décadas sem uma lei orgânica que
reconheça suas atribuições que exigem formação acadêmica, agentes, escrivães e
papiloscopistas da PF se tornaram os únicos cargos públicos que, na história do
Brasil, amargam um congelamento salarial de sete anos, com perdas
inflacionárias que já acumulam uma deterioração superior a 40%.
Carreiras esquecidas
Um dos efeitos mais sensíveis do sucateamento salarial,
dizem, é a desvalorização da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas
da PF e a constatação de que uma carreira antigamente reconhecida foi
desvalorizada em relação às demais. Atualmente, muitos ingressam
provisoriamente e continuam estudando para outros concursos, que também exigem
formação acadêmica, mas são carreiras não depreciadas pelo atual governo.
Números
Estatísticas oficiais do Ministério do Planejamento, segundo
a Federação, “demonstram a impressionante queda no número de agentes federais
em todo o País”. Somente no ano passado, 230 agentes federais desistiram da
profissão ou “penduraram as algemas”. Dos cargos esvaziados, metade desistiu no
início da carreira, e o restante se aposentou, de acordo com a categoria.
Acompanhe o noticiário de Servidor público pelo Twitter
Acompanhe o noticiário de Servidor público pelo Twitter