Agência Brasil
- 11/02/2014
A exemplo do que ocorre com os médicos do serviço civil, os
médicos das Forças Armadas agora poderão acumular dois cargos públicos para
trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS). A garantia está prevista na Emenda
Constitucional 77, promulgada em sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira
(11). Pelo texto, o exercício da atividade militar, no entanto, deverá
prevalecer sobre as demais.
Durante a sessão, o presidente do Congresso e do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou que, com a promulgação da emenda, 20 mil
profissionais do Exército, da Marinha e Aeronáutica poderão acumular outro
cargo e aumentar a qualidade de atendimento na rede pública de saúde. “ A atual
emenda não tem a pretensão de resolver toda a carência de médicos no pais, mas
poderá representar um alívio”, completou Calheiros.
Em trocadilho com o programa do governo federal, o Mais
Médicos, o senador disse também que, com a medida, o Congresso fez o que chamou
de “muito mais médicos”.
O evento também teve a participação do presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que disse no discurso que a Emenda é
importante para superar tendência de esvaziamento das Forças Armadas, que
ocorre devido ao impedimento de exercício de outro cargo, prejudicando
especialmente a população de regiões de fronteiras.
“Em nosso país, onde faltam médicos, é justo e muito
adequado que se dê aos profissionais militares o mesmo tratamento que se dá aos
civis”, disse Alves.
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