STEPHANIE TONDO
O DIA - 10/02/2014
Para sindicalista, é importante focar em projeto que tem
chances de ser aprovado pelo Congresso
Rio - Os servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro
querem aumentar a pressão sobre o governo com relação às questões salariais,
como vêm fazendo as demais categorias do serviço público federal pelo país. No
último sábado, eles defenderam a formulação e a implementação do plano de
carreira e a retomada da luta pelo Projeto de Lei 6.613/2009 — que prevê
aumento para a categoria — na reunião ampliada da Fenajufe, em Brasília.
Com isso, representantes da categoria esperam construir a
luta da campanha salarial de 2014 a partir de fevereiro, com base em uma
proposta que já cumpriu parte das etapas necessárias para sua tramitação e
aprovação.
Diretor-presidente do Sisejufe (Sindicato dos Servidores das
Justiças Federais no Estado do Rio), Valter Nogueira Alves afirmou que o ideal
é investir no projeto, que é viável de ser aprovado. De acordo com ele, apesar
das dificuldades inerentes a um ano de eleições, a entidade não deixará o plano
de carreira de lado.
“Nossa categoria está muito dividida. Não podemos estar
fragmentados, senão quem ganha com isso é o governo”, alertou.
Durante assembleia, o diretor do Sisejufe e da Fenajufe,
Roberto Ponciano, defendeu a necessidade de se manter o foco na mobilização
pelo projeto de lei e a discussão da carreira. “Há uma proposta em discussão em
Brasília para criar um plano de cargos e salários somente para magistrados e
pessoal dos tribunais superiores. A nossa categoria ficará de fora dos
reajustes. Existe até um Grupo de Trabalho já tratando dessa questão. Se for
aprovado, vai ser o fim da nossa carreira”, denunciou ele.
O diretor da entidade enfatizou que não há espaço para
articulação com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa.
Já a servidora do Tribunal Regional Federal (TRF) Elysangela
Benincá, que representou os candidatos a delegados da Chapa 2 na reunião em
Brasília, defendeu a aprovação da data-base dos servidores e a necessidade de
se construir uma greve unificada com os demais segmentos do funcionalismo
público federal.
Na semana passada, atividades em Brasília marcaram o
lançamento nacional da Campanha Salarial Unificada 2014. A partir da pressão
exercida com o ato na última quarta-feira, o Ministério do Planejamento se
comprometeu a apresentar uma resposta formal à pauta dos federais antes do
Carnaval, segundo a Condsef.
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