Blog do Josias
- 02/02/2014
A Federação Nacional dos Policiais Federais realiza
assembleias em todos os Estados na terça (4) e na quarta-feira (5). A cinco
meses da Copa do Mundo, a entidade deve aprovar um calendário de greves e
manifestações. Participam do movimento os agentes, os escrivães e os
papiloscopistas da Polícia Federal. Juntos, somam cerca de 9 mil servidores.
Reivindicam reajuste salarial. Os delegados —cerca de 1.700 distintivos— estão
de fora. Participam da encrenca apenas como alvos de críticas dos colegas.
Diretor da federação de policiais, José Carlos Nedel diz que
a situação da corporação tornou-se “insuportável”. Ele reclama: “Somos os
únicos servidores públicos da história do Brasil com sete anos de congelamento
salarial”. E insinua: “É evidente que a Polícia Federal está sendo sucateada
como forma de castigo pelas operações que fez.”
No ano passado, os policiais federais paralisaram suas
atividades por 72 dias. O governo fez jogo duro. Ofereceu-lhes o mesmo reajuste
salarial concedido a servidores de outras repartições: 15,8% em duas parcelas.
Os agentes federais rejeitaram a oferta e retornaram ao trabalho de cara
amarrada. Voltam agora à carga com o travo da derrota a envenenar o discurso.
Hoje, os policiais federais em início de carreira recebem
contracheque de R$ 7,5 mil. A federação leva à mesa um pedido alto. Deseja um
reajuste de 100%. Prestes a anunciar um corte bilionário de despesas, o governo
afirma que a hipótese de atender à reivindicação é nula. Ou seja: vêm aí fortes
emoções. Tudo isso na ante-sala da Copa.
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