Brasil Econômico - 11/04/2014
Servidores pararam por 47 dias, interrompendo serviços de
importação
A greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa), que durou 47 dias, gerou prejuízos estimados em R$ 13 bilhões
para as empresas do Polo Industrial da capital amazonense, de acordo com
estimativas do do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), com base
no faturamento médio da indústria local,que é de aproximadamente R$ 300 milhões
por dia. O fim da greve foi oficializado na última terça-feira, após a maioria
dos trabalhadores decidir aceitar as propostas do governo federal.
De acordo com o Cieam, a retomada progressiva da
normalidade—que promete devolverem cinco dias a liberação das mercadorias
travadas, de acordo coma liderança do movimento —vai requerer um mutirão em
todos os serviços que ficaram prejudicados. Segundo a entidade, essa é a forma
mais eficaz de mitigar parte dos danos gerados pela greve.O presidente do
Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco, destacou como
prioridade a retomada das solicitações e análises de Processos Produtivos
Básicos (PPBs), principal porta de entrada de investimentos da indústria na
região.
Será necessário acelerar também a liberação dos Pedidos de
Licença de Importação (PLIs) de ativos, peças de reposição de uso e consumo,
análise de projetos, liberação de cadastros e de diversos tipos de laudos
técnicos, e a inclusão de insumos na lista padrão e cadastro de novos
produtos."A greve termina após chegar ao limite de 2,7 mil carretas no
pico da greve e 40 mil toneladas de cargas retidas em Manaus, gerando perdas
ainda incalculáveis", afirma Périco.
Segundo o executivo, o fim da paralisação foi viabilizada
após acordos com o governo federal e a expectativa de melhorias em curto e
médio prazos para os servidores. "Avanços relacionados às condições de
trabalho na Suframa e à reestruturação da carreira são conquistas consideráveis
para os servidores", avalia Périco.