Agência Senado
- 20/08/2014
O senador Jorge Viana (PT-AC) rebateu críticas da Associação
Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal a proposta de sua
autoria. A proposta de emenda à Constituição apresentada pelo senador proíbe a
atuação de advogados e procuradores públicos na advocacia privada, mesmo durante
licenças sem remuneração.
Jorge Viana se mostrou surpreso com a nota da entidade, que,
na sua opinião, distorce o conteúdo da proposta. Para ele, o debate sobre a
PEC, ouvindo todos os interessados, poderia ser feito nas comissões do Senado e
da Câmara, e não em uma nota emitida "de maneira apressada". O
senador lembrou, ainda, que uma PEC precisa da assinatura de 33 senadores para
ser apresentada.
Jorge Viana disse considerar que as atribuições dos
advogados e procuradores públicos são incompatíveis com a advocacia privada. O
senador ressaltou o respeito que tem pelos servidores públicos, mas disse que
não convém defender os interesses do Estado em uma parte do dia e, na outra,
atuar em escritórios privados.
- Quem fatura mais? Um escritório de advocacia? E nós vamos
fazer dessa atividade tão nobre de procurador um bico? Não acho que seja
adequado - disse o senador.
Jorge Viana também lamentou a morte do ex-governador de
Pernambuco e candidato à Presidência da República Eduardo Campos em um acidente
aéreo. Ele observou que essa fatalidade colocou o Acre no centro do debate
sobre a sucessão presidencial, porque Marina Silva, a substituta de Campos, é
acriana.