domingo, 2 de novembro de 2014

Seleção ruim de candidatos explica má qualidade do serviço público, diz pesquisador


Veja     -     02/11/2014




Para professor da FGV-Rio, concursos privilegiam profissionais capazes de resolver provas — e não os que têm aptidão para servir ao cidadão

A cada ano, milhares de novos servidores são incorporados ao Estado brasileiro. Só na esfera federal, foi autorizada a criação de 48.000 vagas para este ano. Do outro lado, um exército de candidatos busca um lugar ao sol, ou melhor, na repartição: em 2013, foram 12 milhões de pessoas, segundo estimativas da Agência Nacional de Proteção e Apoio ao Concurso Público (Anpac). É possível que União, Estados e municípios estejam contratando as pessoas erradas. Segundo o professor da FGV-Rio Fernando Fontainha, autor do livro Brasil, O País dos Concursos?, disponível gratuitamente no site da FGV, as provas de seleção são feitas de tal forma que privilegiam os candidatos que se especializam em resolvê-las — e não os que possuem habilidades ou aptidão para servir ao cidadão. 

"A competência do profissional para servir à sociedade não é sequer questionada no processo de seleção. O país perde muito com isso", diz Fontainha. O livro analisa dados de concursos realizados entre 2001 e 2010 para a seleção de funcionários cujos vencimentos ultrapassam os 20.000 reais em instituições federais como Abin, Anvisa, Banco Central, INSS, Polícia Federal, Receita Federal e ministérios do Planejamento, Relações Exteriores e Saúde. A conclusão é que, mesmo na escolha dos servidores de alto escalão, o processo seletivo padece dos mesmos problemas. Na entrevista a seguir, Fontainha comenta suas propostas para mudar a...



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