BSPF - 24/12/2014
É Natal, o espírito natalino, caracterizado por essa vontade
de abraçar e ser abraçado, de dar e ganhar presentes, de cantar e ouvir canções
típicas, de viajar para reencontrar parentes e amigos ou ficar em casa para
abrigá-los quando vêm de longe.
O espírito natalino começa a se manifestar no início de
dezembro e se acentua depois da primeira semana do mês, quando surgem os
primeiros enfeites e luzes coloridas nos prédios, em decoração cada vez mais
incrementada, graças a tecnologias que realçam os desenhos e as cores nas
fachadas e varandas.
É Natal!
E, como a maioria das pessoas, também eu estou tomado pelo
espírito natalino. Minha vontade é abraçar todos que encontro pelo caminho,
como forma de demonstrar a minha alegria. É verdade, costumo ficar contaminado
por toda a espiritualidade do período natalino, que marca a história da
humanidade há exatos dois mil e quatorze anos.
Meus pensamentos se voltam para a família – minha mulher,
meus filhos, meu pai, minha mãe e meus irmãos – e para os amigos e companheiros de
trabalho, assim como para todos que estiveram conosco
ao longo do ano. Para
todos, desejo que o Natal seja comemorado com alegria e prazer. Além disso, que
a data também proporcione momentos de reflexão sobre o que cada um fez e o que
poderá fazer de melhor a partir de agora.
Muito já se escreveu sobre o Natal e seu significado para os
cristãos de todo o mundo. Na verdade, a data transcende o aspecto religioso e
evoca sentimentos como amor, amizade, solidariedade, respeito ao próximo,
fraternidade e fé. Mesmo com a excessiva comercialização que vivemos hoje,
ainda são esses aspectos, juntamente com a religiosidade católica, que
predominam na hora de saudar a chegada do Menino Jesus ao mundo.
Entre os escritos mais belos sobre o Natal, selecionei este
poema de Manuel Bandeira, que considero uma pequena obra-prima da língua
portuguesa. O poema tem o título Canto de Natal:
O nosso menino
Nasceu em Belém
Nasceu tão somente
Para querer bem.
Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.
Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.
Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.
A magia do Natal foi maravilhosamente interpretada por
Manuel Bandeira nessas poucas linhas. Sem dúvida, essa é uma síntese perfeita
do que se pode dizer sobre o 25 de Dezembro, data que se renova a cada ano,
como se o evento que a marcou tanto tempo atrás tivesse acabado de acontecer.
Devemos comemorar o Natal com as esperanças renovadas no
futuro, confiar nos projetos que temos e pedir que o Menino-Deus nos proteja e
guie no caminho para realizá-los. Cada um de nós, à meia-noite de 24 de
dezembro, deve elevar seus pensamentos e fazer seu pedido, acreditando que Ele
nos proverá.
Fonte: José Wilson Granjeiro: Bacharel em Administração, professor e palestrante, é autor
de 20 livros e preside a Gran Cursos, escola preparatória de concursos.
Coordena o Movimento pela Moralização dos Concursos (MMC)