Agência Senado - 17/03/2015
Ao ser indagado em audiência pública sobre a nomeação de
aprovados em concursos públicos, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa,
disse que a demanda e a ansiedade dos candidatos são compreensíveis. Porém, o
governo levará em consideração o cenário de limitação fiscal do momento antes
de autorizar novas nomeações.
— É uma demanda justificada. Eu mesmo já fiz vários [concursos]
e entendo a ansiedade. Estamos analisando, e a intenção é efetivarmos os
concursados o mais rápido possível, mas dentro de nossa limitação fiscal. A
contratação tem verba alocada no Orçamento, e o governo administra velocidade
de admissão conforme a o prazo de validade do concurso e execução orçamentária
— explicou.
Funcionalismo
Respondendo às críticas do senador Reguffe (PDT-DF) sobre o
excesso de cargos em comissão do governo federal, o ministro explicou que em
janeiro havia 23 mil cargos comissionados, sendo que 17 mil deles eram ocupados
por funcionários públicos.
— Ou seja, cria-se a
falsa percepção de que 23 mil pessoas não concursadas ocupam cargos de
confiança. Na verdade, são apenas 6 mil — explicou.
Ele também negou o número de ministérios em excesso:
— Alguns ministérios foram criados a partir da transformação
de secretarias para dar mais importância a alguns assuntos, sendo, portanto,
decisão política. Eles representam muito pouco em termos de gasto adicional em
relação à importância política que apresentam.
O ministro Nelson Barbosa participa de audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).