BSPF - 07/03/2015
Funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), juntos com colegas de universidades públicas de outros estados, fizeram
uma manifestação no começo da noite de hoje (6) em frente ao Palácio Gustavo
Capanema, no centro do Rio, onde funciona a representação do Ministério da
Educação (MEC), na capital fluminense. Os manifestantes saíram em passeata da
Praça da Cruz Vermelha, na Lapa, e, durante o trajeto, passaram diante dos
prédios da Petrobras e do Ministério da Saúde.
Desde a manhã, os empregados estão greve de 24 horas. De
acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), eles
protestam contra o corte no orçamento da Educação feito pelo governo federal,
reivindicam melhores condições de trabalho e o pagamento de salários atrasados.
De acordo com a entidade, a universidade está há duas semanas sem limpeza
devido à falta de pagamento de salários dos funcionários terceirizados.
O coordenador-geral do Sintufrj, Francisco de Assis,
destacou que a manifestação alerta também contra a ameaça de cancelamento da
gratificação, que os funcionários recebem há 20 anos, e defende o pagamento
imediato dos trabalhadores terceirizados, que estão sem salários há três meses.
"Estamos prestando toda solidariedade a eles, e a
universidade hoje está adiando o calendário em razão desses profissionais que
estão trabalhando sem remuneração. É uma situação de escravidão que a gente
discorda e não vamos aceitar", disse.
Os servidores também protestam contra a privatização dos
hospitais universitários. Para o assistente administrativo Leonardo Monteiro,
do Campus Macaé da UFRJ, a privatização significa uma mudança de filosofia das
instituições federais de ensino. "A filosofia de hospital universitário é
comprometida com a pesquisa e com o ensino. Com a privatização, ela se perde e
se torna uma filosofia comercial, e não é isso que a universidade quer
construir”. Leonardo informou que devido à falta de limpeza o início das aulas
no campus de Macaé foram adiadas para o dia 16.
A UFRJ informou à Agência Brasil, por meio da assessoria,
que o conselho da universidade, os decanos e diretores estão em reunião para
discutir os efeitos da greve e os impactos que ela pode causar à instituição.
Fonte: Agência Brasil