BSPF - 26/05/2015
Quando, por ocasião do anúncio do singelo corte fiscal de R$
69,9 bilhões, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão declarou que a
despesa de pessoal ficará em 4,1% do PIB neste e nos próximos anos, adiantou
que os salários e aposentadorias dos funcionários públicos seguirão, no que
depender dele, sendo arrochados, com reajuste inferior à inflação.
Como a folha
também cresce vegetativamente com as progressões e promoções, da mesma forma
que com a urgente e necessária admissão de novos funcionários, pelo menos em
substituição àqueles que mui justamente alcançam a aposentadoria, restaria
apenas uma parcela da inflação de 8,3% para corrigir a tabela salarial.
A limitação apresentada pelo governo já seria grave em si,
pois comprimiria ainda mais o poder aquisitivo do servidor no próximo ano. Mas
vem com um agravante: as perspectivas de encolhimento do PIB em 1,2%, segundo
as sempre otimistas estimativas oficiais, prenunciam um aperto mais expressivo.
Dá para aceitar calado um ajuste desses, que de maneira
alguma beneficiaria os gastos sociais, também severamente cortados? É claro que
não, novamente a conta está sendo distribuída aos que trabalham.
Com informações do SINAL