BSPF - 30/06/2015
Mais de 150 representantes de entidades de âmbito nacional
de servidores públicos federais decidiram que vão rejeitar, em reunião marcada
para o dia 7 de julho, a proposta de reajuste salarial do governo, de acordo
com o Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior.
A decisão foi tomada nesse domingo (28) por 16 entidades. O
governo ofereceu 21,3% de aumento, divididos em quatro parcelas até 2019. Os
servidores pedem reajuste de 27,3% a partir do ano que vem.
De acordo com os sindicalistas, a proposta do governo foi
rechaçada pelas entidades presentes na reunião dos funcionários. “A assinatura
de um acordo plurianual foi considerada inaceitável e vista como um confisco no
salário dos servidores federais”, disse o sindicato em nota.
A proposta apresentada pelo secretário de Relações de
Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, na
última quinta-feira (25), foi a primeira do governo. Mendonça disse que os
salários são parte da estratégia econômica adotada pelo país e que se trata de
uma proposta “bastante razoável”.
"Não dá para ignorar que [o pagamento aos servidores] é
parte da estratégia macroeconômica fiscal e de combate à inflação que a
política econômica está usando. Não podemos perder o controle fiscal e não
podemos perder o controle dos pagamentos", disse o secretário.
Na reunião de ontem, os servidores também aprovaram a
promoção de ações como atos públicos, manifestações e paralisações pelos
estados no dia 7. Além disso, pretendem fortalecer as greves em curso e ampliar
as paralisações para os demais setores.
A expectativa do Ministério do Planejamento é que até o
final do mês haja um acordo. O ministério informou à Agência Brasil que negocia
com 49 entidades classistas e que só irá se manifestar quando houver um
posicionamento formal por parte de todas as entidades, após a reunião do dia 7.
Fonte: Agência Brasil