Agência Brasil -
07/07/2015
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério do
Planejamento, Sérgio Mendonça, volta a se reunir com servidores para negociar
reajuste salarial
Governo e servidores públicos federais voltam a se reunir
hoje (7) para negociar o reajuste dos salários. Na última reunião, no dia 25 de
junho, o governo apresentou uma proposta de reajuste e os servidores deverão
responder nesta terça-feira se aceitam ou não. Diversas entidades já se
manifestaram contrárias a proposta. A reunião está marcada para as 14h e será
com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça.
O Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais, que representa
95% dos servidores, decidiu rejeitar a proposta. "Fizemos uma reunião
plenária nacional e analisamos a proposta do governo. Houve um rechaço completo
e a resposta que os servidores públicos estão dando é entrar em greve",
diz o representante da Executiva Nacional da Central Sindical e Popular (CSP-
Conlutas) Paulo Barela. A central faz parte do Fórum, junto com mais duas
centrais e 28 entidades.
A proposta do governo é um reajuste salarial de 21,3%,
divididos em quatro parcelas até 2019. Os trabalhadores pedem, já para o ano
que vem, um reajuste de 27,3% para repor perdas salariais desde 2010. Eles
pedem ainda que o reajuste seja negociado anualmente.
De acordo com Barela, as greves deverão se ampliar. As
paralisações já atingem professores universitários, trabalhadores
técnico-administrativos de instituições federais de ensino superior e
servidores do Judiciário Federal.
Hoje, os servidores se organizam para um dia de mobilização.
Antes da reunião, às 9h, vão participar da Caravana Nacional em Defesa da
Educação Pública, na Esplanada dos Ministérios, na zona central de Brasília. A
caravana é organizada por professores, técnicos e estudantes de diversas partes
do Brasil. A marcha será contra os cortes orçamentários e por mais
investimentos públicos na educação pública. Os servidores também farão um ato
em frente ao Ministério do Planejamento (MP) durante a reunião de
representantes das categorias com o governo.
O MP diz que o governo só se posicionará após reunir-se com
os servidores. No fim da reunião passada, Mendonça lembrou que a intenção da
pasta é chegar a um consenso até o fim de julho. O governo federal tem até o
dia 21 de agosto para enviar ao Congresso Nacional os projetos de lei que
resultarem dos acordos. O último acordo, segundo o ministério, foi firmado em
2012, quando as categorias receberam 15,8% de reajuste distribuído nos anos de
2013, 2014 e 2015.