Vera Batista
Correio Braziliense
- 25/07/2015
Os servidores públicos decidiram entrar em greve a partir da
próxima segunda-feira. A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal, que reúne 80% dos funcionários do Executivo, em nota, avisou
que "enviou ofício informando a decisão da maioria da categoria a todos os
ministros". Muitas carreiras já cruzaram os braços, caso dos servidores do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Judiciário e de professores e
técnicos administrativos das universidades.
A decisão de aprofundar os protestos foi uma consequência
das últimas conversas com o Ministério do Planejamento, e da manutenção do
índice de 21,3%, em quatro anos. "Haverá mobilização intensa nos estados e
convocação para o ato nacional na terça-feira, em frente ao Ministério da
Fazenda. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a manifestação
pede mudança de rumo na política econômica.
A decisão de cruzar os braços só se reverte caso o governo
apresente proposta formal para as demandas da campanha salarial 2015, com oito
principais eixos. "Esperamos que o governo considere também o índice de
inflação para este ano, que pode chegar a 10%. Não podemos continuar amargando
perdas salariais, que no acumulado chegam a mais de 40%, assinalou Flávio Mota,
do Sindicato dos Trabalhadores No Serviço Público Federal em Tocantins
(Sintsep-TO).
Ontem, a Condsef recebeu a confirmação de duas novas
reuniões no Planejamento, em 29 de julho, para tratar de demandas específicas
de cerca de 500 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas do
PGPE (Plano Geral de Cargos do Poder Executivo), do CPST (Carreira da
Previdência, Saúde e Trabalho, incluindo Funasa), do Pecfaz (Plano de Cargos
dos Administrativos Fazendários); e da pauta específica dos servidores do
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).