Alessandra Horto e Hélio Almeida
O Dia - 17/08/2015
A negociação das bases sindicais do funcionalismo federal
com o Ministério do Planejamento entra na reta final nestas duas próximas
semanas e a expectativa é que o governo apresente até sexta-feira uma
alternativa aos 21,3% parcelados em quatro anos, rejeitados pelas classes.
De acordo com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef), o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio
Mendonça, declarou nas reuniões setoriais da semana passada que espera ter uma
resposta sobre se é possível ter um avanço em relação ao que já foi
apresentado.
Ainda de acordo com a confederação, Mendonça teria afirmado
que não estava autorizado a negociar nenhuma proposta específica, incluindo a
reestruturação de carreiras.
Por enquanto, o avanço nas negociações ocorreu na correção
de valores de alguns benefícios. Para o auxílio-alimentação e para o plano de
saúde suplementar, os índices aplicados ficariam em torno de 22,5% e 23%,
respectivamente. Já para o auxílio pré-escolar, conhecido como auxílio-creche,
o aumento considera o período inflacionário acumulado desde 1995, o que daria
um índice de cerca de 317%. Somados, os três reajustes significariam um impacto
anual orçamentário de R$ 1,3 bilhão.
Até que haja algum avanço nas negociações, diversas
categorias ampliaram a greve na semana passada. Para os próximos dias estão
previstos atos públicos em algumas repartições, como o Núcleo do Rio de Janeiro
do Ministério da Saúde.
Também descontentes com as propostas apresentadas pelo
governo, o pessoal do Judiciário, que por enquanto rejeitou o reajuste de 41,7%
em quatro anos, vai promover passeata hoje no Centro do Rio. A concentração
está marcada para às 15h. Amanhã a pressão será em Brasília, pela derrubada do
veto ao PLC28/15.