BSPF - 23/08/2015
Mais uma vez, o governo dilatou o calendário de negociações
referente à campanha salarial 2015 do conjunto dos servidores públicos
federais. A apresentação de uma nova proposta de reajuste salarial para a
categoria, que deveria ter acontecido até essa sexta-feira (21), foi adiada
para a próxima segunda (24). O avanço econômico está sendo o principal
empecilho para dar continuidade às negociações, que tiveram início no mês de
maio.
A princípio, a proposta dos trabalhadores era de 27,3% de
reajuste para o ano de 2016, enquanto o governo alegava que só seria possível
reajustar 21,3% do salário dos servidores divididos pelos próximos quatro anos,
o que resulta um aumento de 5,3% ao ano. Por unanimidade, os servidores
rejeitaram a proposta e o governo se comprometeu a apresentar novo índice.
“Só com a Condsef – Confederação que representa os
servidores federais nacionalmente – já foram realizadas 45 reuniões. Avaliamos
que ao longo de todo esse tempo já era possível ter uma proposta pronta para os
servidores”, comenta o secretário geral da Condsef, Sérgio Ronaldo.
Para o sindicalista, existe uma indisposição política da
parte do governo em agilizar as negociações com o conjunto de servidores. “Essa
sistemática de levar o processo até a última hora é extremamente prejudicial
para o processo, pois acabamos sendo surpreendidos de última hora com as propostas,
sem ter tempo de dialogar com a categoria e até mesmo mobilizar os
trabalhadores”, explica Sérgio Ronaldo.
“Da mesma forma que garantiram que essa semana haveria
negociação, pode ser que na segunda apareça algum outro argumento que
inviabilize a apresentação da proposta”, afirma o secretário geral da Condsef.
Os servidores federais de Brasília, vinculados ao Sindsep-DF,
voltam a se reunir em assembleia na próxima quarta-feira (26). Caso a proposta
seja apresentada até lá, as lideranças sindicais levarão os novos números para
avaliação da base. No dia 28, a Condsef realiza Plenária Nacional, com
representantes dos sindicatos de servidores do país, com o mesmo objetivo.
Fonte: CUT Brasília