Rede Brasil Atual
- 12/08/2015
Categoria pede revogação do corte orçamentário, melhores
condições de trabalho, defesa do caráter público da universidade, garantia da
autonomia universitária, reestruturação da carreira e valorização salarial
São Paulo – Ao completar 75 dias hoje (12), a greve dos
professores das universidades federais e dos institutos federais de Educação,
Ciência e Tecnologia (IF) conta com a adesão de mais seis universidades:
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Federal do Paraná
(UFPR), do Piauí (UFPI), de Juiz de Fora (UFJF), além do IF do Sudoeste de
Minas Gerais e da Paraíba.
O movimento teve início em 28 de maio e conta com o apoio de
estudantes e movimentos sociais.
Ao todo, estão em greve docentes de 46 dessas instituições
federais. Na pauta de reivindicações, a revogação do corte orçamentário,
melhores condições de trabalho, a defesa do caráter público da universidade, a
garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira e valorização
salarial de ativos e aposentados.
O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) Paulo Rizzo acredita que as
instituições que não pararem pela greve, vão para por inanição. "Por total
falta de condições de funcionamento. Os reitores estão escolhendo quais contas
pagar no mês e, em alguns lugares, já não conseguem mais manter as instituições
funcionando”, disse.
Desde o início do movimento, o comando de greve aguarda uma
reunião com o ministro da Educação Renato Janine. "Apesar de ainda não ter
recebido os professores, ele afirma, através da imprensa e de suas redes
sociais, que está aberto ao diálogo", diz Rizzo.
Ontem, o comando nacional de greve divulgou cinco vídeos em
que professores das universidades federais explicam, em linguagem direta e de
fácil compreensão, os principais pontos de reivindicação da pauta da categoria.