Alessandra Horto e Hélio Almeida
O Dia - 14/08/2015
Mesmo com as reuniões setoriais acontecendo diariamente no
Ministério do Planejamento, está difícil avançar nas pautas específicas de
algumas carreiras do funcionalismo federal. As entidades sindicais se queixam
que o governo tem atrelado avanços individuais a aceitação do reajuste de 21,3%
em quatro anos.
Após ameaçar entrar em greve nacional, os auditores fiscais
da Receita Federal serão recebidos hoje pelo Planejamento. A reunião será no
mesmo dia em que os servidores promovem assembleia nacional para decidir se
cruzam os braços. Além de reajuste salarial, o grupo também vai apresentar
outros pleitos: “Não interessa só a questão de salário. Queremos também o
atendimento de outros pontos importantes da pauta da campanha salarial”,
destacou Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais da Receita Federal.
Outro entrave envolve a inclusão dos servidores civis
ligados ao Ministério da Defesa regidos pelo Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo (PGPE) na carreira de Tecnologia Militar (PCCTM). É um pedido antigo
da Confederação dos Servidores (Condsef) e dos sindicatos das categorias. Outra
negativa envolveu o Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda (Pecfaz).
Não há prazo para aglutinação de cargos pelo Executivo.
SAÚDE FEDERAL
Representantes da Saúde também serão recebidos hoje pelo
Ministério do Planejamento. A categoria ampliou ontem a greve para pressionar o
governo. A adesão foi dos funcionários do Laboratório do Hospital dos
Servidores do Estado. Estão mantidos os atendimentos de urgência e programa de
fornecimento de medicamentos de uso contínuo.
APÓS OCUPAÇÃO
De acordo com o Sindsprev-RJ, a negociação só foi marcada
pelo governo federal, após os servidores em greve ocuparem o Ministério da
Saúde, em Brasília, e o Núcleo da pasta no Rio de Janeiro (Nerj), na tarde de
quarta-feira. Os dirigentes reclamam que a proposta do governo se mantém
distante da meta do funcionalismo e que não há avanços.