BSPF - 15/06/2016
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)
aprovou nesta quarta-feira (15) projetos que reajustam os salários dos
servidores do Judiciário, do Ministério Público da União (MPU) e do Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP). Essas propostas, já aprovadas pela
Câmara dos Deputados, seguirão agora para a Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE), antes da votação em Plenário.
O PLC 26/2016 prevê reajuste de 12% no vencimento básico de
analistas e técnicos do MPU, em oito parcelas, de forma escalonada, de junho de
2016 a julho de 2019. Também eleva o percentual da gratificação de atividade do
Ministério Público da União (Gampu), incidente sobre o vencimento básico, de
90% para 140%, de forma escalonada, até 2019. Assim, um analista do MPU que
ganha hoje R$ 13.219,08 chegará a 2019 com R$ 18.701,52.
Além disso, o projeto disciplina a concessão de adicional de
qualificação e de gratificações de perícia (atribuída a analista do CNMP que
realiza atividade fora de seu ambiente de trabalho), de projeto e de atividade
de segurança.
O projeto também reajusta os valores da retribuição pelo
exercício de cargo em comissão a partir de 1º de junho de 2016, que variam de
R$ 3.461,96 a R$ 14.607,74.
Judiciário
O PLC 29/2016, também aprovado pela CCJ, estabelece reajuste
de aproximadamente 41,47% para os servidores do Judiciário da União. O aumento
será dado, de forma escalonada, em oito parcelas, de junho de 2016 a julho de
2019.
A exemplo da Gampu, a gratificação judiciária, hoje
correspondente a 90% do vencimento básico, chegará gradualmente a 140%, em
janeiro de 2019.
O projeto também concede, a partir de janeiro de 2016,
reajuste de até 25% para os cargos em comissão, mesmo percentual usado para
comissões do Executivo.
Também pela proposta técnicos judiciários com curso superior
receberão adicional de qualificação. Atualmente, a Lei 11.416/2006, que trata
das carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União, garante esse
adicional só para servidores com mestrado, doutorado ou especialização.
Os relatores dos reajustes para o Judiciário e para o
Ministério Público, respectivamente senadores José Maranhão (PMDB-PB) e Valdir
Raupp (PMDB-RO), acolheram os argumentos das duas instituições de que as
correções são necessárias em função de defasagens salariais das respectivas
categorias.
Fonte: Agência Senado