BSPF - 10/01/2017
Levantamento feito pelo Ministério da Transparência detalha
punições dadas a 550 servidores expulsos do Executivo no ano passado. De acordo
com o órgão, “o enfrentamento à impunidade” resultou número recorde dos últimos
14 anos
O Poder Executivo expulsou 550 servidores como punição em
2016. Deste total, 343 (65,3%) foram afastados dos cargos por atos relacionados
à corrupção. Outros 24,4% respondem por abandono de cargo, acúmulo ilícito de
cargos ou de faltas. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta
segunda-feira (9) pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controladoria-Geral da União (CGU). De acordo com o órgão, “o enfrentamento à
impunidade” resultou no número recorde dos últimos 14 anos – entre 2003 e 2016,
6.209 servidores já foram expulsos.
O Ministério que mais teve servidores afastados foi o do
Desenvolvimento Social e Agrário, que acumulou 119 expulsões. Em segundo lugar
está o Ministério da Educação, onde 101 servidores receberam punições. Em 2016,
a CGU registrou 445 demissões de servidores efetivos, 65 cassações de
aposentadorias – que também registrou recorde dos últimos seis anos, e 40
destituições de ocupantes de cargos em comissão. Na apuração, não constam os
dados de empresas estatais como a Petrobras, a Caixa Econômica, os Correios,
etc.
O estado que mais demitiu servidores públicos em 2016 foi o
Rio de Janeiro, que contabilizou 116 afastamentos. Em segundo lugar aparece São
Paulo, com 67 expulsões. No Rio Grande do Norte apenas um servidor precisou da
punição. O único ano que um estado não registrou a necessidade de afastar
funcionários foi 2014, no Acre.
Fonte: Congresso em Foco