Agência Brasil
- 25/07/2012
Brasília – Em campanha por melhorias salariais, agentes da
Polícia Federal fizeram hoje (25) um protesto em frente ao edifício-sede da PF
durante o qual prometeram “radicalizar” o movimento caso não tenham resposta
positiva até o fim do mês para as reivindicações. Gritando palavras de ordem,
os policiais também pediram a saída do atual diretor-geral da Polícia Federal,
Leandro Daiello.
Os manifestantes se queixam de que o diretor-geral se
preocupa somente com os delegados, esquecendo das demais categorias que compõem
a instituição. A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou à Agência
Brasil que não está se manifestando sobre o assunto.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito
Federal (Sindipol- DF), Jones Borges Leal, alega que mudanças no comando da
instituição vão permitir equilíbrio entre as diversas carreiras internas.
“O atual diretor-geral, Leandro Daiello, é um diretor
classista que defende somente os interesses da categoria dos delegados e
esquece dos agentes, escrivães, papiloscopistas e servidores administrativos”,
disse Leal.
O sindicalista acrescentou que a categoria aguarda até o dia
31 uma sinalização do governo sobre o plano de reestruturação, que inclui
reajustes de salários e benefícios. “Vamos esperar até o dia 31 de julho, data
prometida pelo governo, para que ele nos
apresente uma proposta. Se for negativa
ou não ocorra, pretendemos radicalizar
no mês que vem”, disse Leal.
Fábio Bueno, agente da Polícia Federal, disse que a
categoria foi reconhecida em 1996 por
uma lei que beneficia os servidores de
nível superior. Porém, a mudança de interpretação da lei não gerou melhorias na carreira e na remuneração. “De
todos os cargos das carreiras típicas de Estado de nível superior, nós temos
a menor remuneração. Queremos equiparação”.