Flávia Foreque
Folha de S. Paulo - 24/08/2912
"As reuniões que vão ocorrer [na próxima semana] já são de retorno. É normal que as entidades façam as assembleias, avaliem, e depois retornem apenas pra gente desfechar o processo de negociação e [assinar] o acordo", afirmou nesta sexta-feira o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça.
Durante o fim de semana, estão previstas cerca de 20 reuniões com sindicatos de servidores.
Hoje, o governo assinou o acordo com técnicos-administrativos das universidades federais e encerrou assim a negociação com o setor da educação. A mesa de debates com os docentes das instituições federais foi encerrada no início do mês, com a assinatura da proposta com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior).
"Com esses acordos nós estamos fechando com mais de 40% dos servidores ativos e um terço de todos os servidores públicos federais do executivo civil", disse o secretário. O impacto das duas ofertas nos próximos três anos é de R$ 7 bilhões.
OTIMISMO
Mendonça avalia que boa parte das categorias irá aceitar a oferta do governo: reajuste de 15,8% até 2015.
"Várias categorias estão sinalizando positivamente. Como temos dois dias árduos pela frente, espero que a imensa maioria das entidades que representam os servidores possa assinar o acordo. Estou moderadamente otimista."
O secretário afirmou ser "pouco provável" a manutenção da greve após 31 de agosto, data limite para a conclusão do orçamento de 2013. "A avaliação tende a ser: 'Voltamos à mesa de negociação e de diálogo no ano que vem, em 2013'", disse.