Bárbara Nascimento
Correio Braziliense
- 19/09/2013
Os 8,3 mil servidores aposentados e pensionistas do governo
federal que deixaram de comparecer à rede bancária para fazer o recadastramento
anual vão ter o pagamento suspenso pelo Ministério do Planejamento. A
interrupção do amparo — que envolve R$ 30,4 milhões ao mês — deve ocorrer a
partir da folha de pagamento de setembro. Ela valerá para quem fez aniversário
entre os meses de março e junho. O dinheiro só volta a ser pago no mês
subsequente ao que o beneficiário atualizar os dados ou pode ser incluído em
uma folha suplementar.
O recadastramento ocorre desde março deste ano. Para fazer a
atualização dos dados, os aposentados e os pensionistas deveriam ter
comparecido a um banco conveniado (Banco do Brasil, Caixa ou BRB) no mês em que
fazem aniversário. Para tanto, segundo o Ministério do Planejamento, o
beneficiário foi avisado três vezes: no início do processo — ou seja, em março
—, um mês antes do aniversário e no fim do período de cada grupo.
O cidadão só deixa de receber o pagamento caso não tenha ido
à instituição financeira dentro de 30 dias após o fim do prazo. Por isso, não
terá o dinheiro depositado quem não fez o recadastramento até o mês de junho.
Agora, esses beneficiários só poderão se recadastrar no órgão ou na entidade de
recursos humanos que concedeu o benefício, e não mais na rede bancária.
Avisos
No período de março a junho, foram enviados 235,2 mil avisos
individuais para recadastramento. Entre os que não atualizaram os dados, 3,5%
são do Distrito Federal (2,8 mil) e dos estados do Rio de Janeiro (1,4 mil) e
do Pará (426). Todo o processo de cadastro abrange 710 mil pessoas: 388 mil
aposentados, 318 mil beneficiários de pensão e 4,4 mil anistiados políticos. A
cada mês, 59 mil funcionários são convocados. Até setembro, segundo o
Planejamento, 354,2 mil já cumpriram com a obrigação.
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