Agência Brasil
- 11/09/2013
Brasília – A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou
hoje (11) a demissão, por improbidade administrativa, de três servidores
federais envolvidos na chamada Máfia das Ambulâncias, esquema descoberto na
Operação Sanguessuga, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério
Público em 2006.
A demissão dos funcionários foi publicada no Diário Oficial
da União de hoje.
O processo administrativo disciplinar conduzido pela CGU
comprovou que Zenon de Oliveira Moura, Marcos Aurélio de Brito Duarte e Roberto
Arruda de Miranda receberam propina para direcionar licitações na compra de
ambulâncias superfaturadas. Na época da compra, os três eram servidores
efetivos de órgãos do Executivo e estavam cedidos a gabinetes de deputados e
senadores.
De acordo com o processo administrativo da CGU, as contas
bancárias dos três funcionários foram usadas por outros membros da quadrilha
para recebimento de propina.
Outro servidor investigado, Paulo Roberto de Oliveira
Correa, foi absolvido por insuficiência de provas. Os autos da CGU serão
encaminhados à AGU, ao Ministério Público e ao Tribunal Superior Eleitoral para
possíveis ações civis, criminais ou de inelegibilidade.
A máfia das ambulâncias foi um esquema criminoso
desarticulado pela Polícia Federal em que se descobriu o desvio de recursos
públicos repassados a prefeituras por meio de emendas parlamentares para a
compra desses veículos. Os ilícitos ocorreram em vários municípios,
principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rondônia, do Paraná, de Mato Grosso
e da Bahia.
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