Bárbara Nascimento
Correio Braziliense
- 12/02/2014
O Senado Federal promulgou ontem uma emenda parlamentar que
vai permitir que os 2.510 médicos militares das Forças Armadas possam acumular
mais de um cargo público, como já acontece dentro do quadro de servidores civis
da área médica. A medida, que tem como um dos objetivos diminuir a defasagem de
20% na carreira, ignora, contudo, a parcela de profissionais não militares,
que, ano a ano, evade das organizações militares.
Um levantamento feito pelo Correio com base em dados do
Hospital das Forças Armadas (HFA) mostra que, em Brasília, o número de médicos
civis só deixou de cair em um ano. Em 2003, havia 108 funcionários. Em 2008,
quando chegou a 38 profissionais, o HFA fez concurso com 446 vagas. Nem todas
foram preenchidos e, no fim do ano seguinte, a unidade de saúde tinha 392
médicos. Em outubro do ano passado, eram 290.
Um novo certame deve acontecer neste ano na tentativa de
amenizar a situação. Em janeiro, o Ministério do Planejamento autorizou a
seleção para a contratação de 150 médicos (civis), além de outros cargos. Os
postos, no entanto, correm o risco de continuarem vazios. Fontes da instituição
dizem que os baixos salários - na comparação aos oferecidos pelo Governo do
Distrito Federal - levam à falta de interesse. Hoje, o vencimento inicial de um
médico do HFA varia entre R$ 3.042 e R$ 7.142.
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