Estado de Minas
- 01/01/2015
Cargos deveriam ser oferecidos por competência, mas são
ocupados de acordo com conveniência. Nos últimos quatro anos, o gasto do
governo com pessoal e encargos subiu quase 22%
Brasília – No alto escalão da burocracia federal, o mérito
conta pouco. Sem um padrinho, a escalada para esses postos raramente acontece.
Quase 100 mil cargos comissionados que deveriam ser preenchidos por critérios
de competência são hoje ocupados com base em conveniências políticas ou
interesses privados. De cada quatro integrantes da elite do funcionalismo, um é
ligado a partido.
Mesmo os servidores efetivos só chegam a um desses postos por
meio de indicação. O resultado é uma máquina inchada, ineficiente e muito
onerosa. Nos últimos quatro anos, o gasto do governo com pessoal e encargos
sociais saltou quase 22%. O retorno dos serviços públicos, contudo, é motivo
antigo de reclamações da sociedade.
O alto nível de aparelhamento do Estado agrava velhos
problema da gestão. “Caminhamos na contramão do ideal. Temos pessoas sem
preparo caindo de paraquedas na administração, sem compromisso com o interesse
público, já que sabem que ficarão no governo apenas por uma temporada. E, pior,
vão embora levando conhecimento acumulado, que não é repassado”, analisa o
secretário-geral da organização não-governamental (ONG) Contas Abertas, Gil
Castello Branco.
Mesmo os postos de direção e assessoramento superior (DAS) ocupados por servidores efetivos são decididos mais por barganha política do que por...
Mesmo os postos de direção e assessoramento superior (DAS) ocupados por servidores efetivos são decididos mais por barganha política do que por...
Leia a íntegra em De cada quatro integrantes do funcionalismo público, um é filiado a partido político