BSPF - 09/09/2017
Governo estuda baixar taxa de crédito com desconto em folha
a 2,05% ao mês para funcionalismo. INSS não definiu novo teto
Rio - O governo federal estuda reduzir as taxas das
operações de empréstimo consignado para servidores, aposentados e pensionistas
do INSS. Com a queda da taxa Selic anunciada ontem pelo Comitê de Política
Monetária (Copom) para 8,25% ao ano, ganha força a proposta de também baixar os
juros dos créditos com desconto em folha para os funcionários públicos da União
e segurados da Previdência Social.
Para o funcionalismo, a redução será do patamar de 2,2% para
2,05% ao mês. Já para os aposentados, o novo percentual ainda não está
definido. Atualmente, o teto estabelecido pelo INSS é de 2,14% ao mês para o
consignado.
Questionado pelo DIA, o Ministério do Planejamento informou
que a redução dos juros dos empréstimos com desconto em folha para servidores
federais faz “parte de estudos que estão tramitando internamente” na pasta. Mas
que ainda não há decisão tomada.
O ministério esclareceu ainda que para que as taxas sejam
reduzidas “é necessária a publicação de portaria assinada pelo ministro do
Planejamento (Dyogo Oliveira) e não há definição de quando isso ocorrerá”. Em
Brasília, especula-se que será nos próximos dias.
A Secretaria de Previdência, subordinada ao Ministério da
Fazenda, informou que houve reunião do Conselho Nacional da Previdência para
discutir a redução dos juros. Porém, ainda não foi batido o martelo de qual
percentual será estipulado como teto.
Oitava queda consecutiva
O Copom, do BC, decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa
básica de juros em um ponto percentual, de 9,25% para 8,25% ao ano. O corte foi
o oitavo consecutivo e coloca a Selic no patamar mais baixo desde maio de 2013,
ainda no governo Dilma, quando estava em 8% ao ano.
A redução terá impacto no rendimento da poupança. Pela regra
em vigor, quando a Selic fica igual ou acima de 8,5% ao ano, a caderneta rende
6,27% ao ano (0,5% ao mês) mais a TR. Abaixo de 8,5% ao ano, a caderneta rende
70% da taxa, ou seja passará a 5,78% ao ano.
Bancos repassam queda da Selic
Logo após o anúncio da queda da Selic, os principais bancos
do país divulgaram que vão repassar a redução para os clientes. O Banco do
Brasil mexeu nos juros do crédito imobiliário. Para as linhas do SFH, as novas
taxas passam a variar entre 9,24% a 10,44% ao ano, ante os 9,74% e 10,69% ao
ano cobrados até aqui. Já na Carteira Hipotecária, eram 10,65% e 11,74% ao ano
e agora serão de 10,15% na mínima e 11,49% ao ano a maior.
O Bradesco repassará o corte às linhas de crédito de pessoas
física e jurídica. O Itaú Unibanco também anunciou nova redução de juros, que
começa a valer a partir de 13 de setembro. Para pessoa física haverá redução
nas taxas do empréstimo pessoal e cheque especial. O Santander informou que
também mexeu nas taxas. Segundo o banco, a mínima do crédito pessoal caiu de
1,79% ao mês para 1,69% ao mês. Já a taxa mínima de financiamento de veículos
passou para 1,12% ao mês.
Fonte: O Dia